Brasil encerra participação histórica no Mundial de VA´A em Niterói com o segundo lugar no quadro de medalhas

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Terminou nesta quarta-feira, 20, a disputa do inédito Campeonato Mundial de VA´A de longa distância realizado pela primeira vez no Oceano Atlântico nas águas da Praia de São Francisco e da Baía de Guanabara.

O Brasil terminou com o recorde de medalhas, somando 20 sendo sete de Ouro, sete de Prata e seis de Bronze ao longo dos cinco dias de competições. A equipe terminou atrás apenas do Tahiti que somou 21 medalhas, sendo 13 de Ouro, o país mais tradicional do esporte milenar, e na frente de outros grandes concorrentes como a Nova Zelândia, Canadá, Austrália, Estados Unidos e o Havaí. Ao todo 15 países conquistaram medalhas dentre as 26 delegações e 819 atletas presentes.

O Brasil conquistou sua primeira medalha de Ouro com o Junior 19 V6 logo no primeiro dia e ainda venceu na Junior 19 V1 com Kaique Ramos (atleta que fez dobradinha pois também disputou a V6 Junior 19) e a primeira do feminino com Maíra Pita no Master 40 V1 além de Ouros com Marcelo Cailaux na Master 75 V1, por equipes na Master 80 V6 e mais dois no Para VA´A com Roberto Nascimento e Thais de Freitas.

Nesta quarta-feira foram mais três medalhas nas quatro provas realizadas. Destaque para a principal prova do Mundial de VA´A, a Open V6 por equipes com os melhores remadores. Depois de um quinto lugar em Samoa Americana e um quarto na Austrália nos dois últimos Mundiais, a equipe pela primeira vez obteve medalha na prova com os melhores do mundo com a Prata ficando atrás apenas 41 segundos do time do Tahiti. O time brasileiro passou na metade a forte equipe da Nova Zelândia com o multicampeão mundial de Sprint, Turupia King, e fez bonito na Baía de Guanabara empolgando o público com Paulo dos Reis, Maxwell Coutinho, Felipe Mazzu, Kaique Ramos, Henrique Vogel e Ricardo Palheta.

"Foi um resultado histórico. Prova foi difícil pra caramba, tivemos duas colisões com Rapa Nui , complicou bastante, mas conseguimos recuperar muito, ficamos perto do Tahiti, que é das maiores potências do mundo no esporte, o que mostra que o Brasil está com o potencial muito grande. Foi nosso melhor resultado na categoria Open", vibrou Paulo dos Reis.

Na Master 60 V6 a equipe nacional ficou com o Bronze. Tereza Terra, uma das representantes da equipe, destacou: 'Prova foi muito dura, mas estamos muito felizes pois fizemos um tempo melhor que nosso último treino então foi bom pra caramba. Demos tudo e mais um pouco. Estamos muito felizes, mostramos que a mulher de 60 pode tudo e mais um pouco".

Na categoria Master 50 V1, Carlos Chinês conquistou sua terceira medalha em mundiais com o Bronze, ultrapassando o americano Darian Hildreth na parte final da prova: "Cada vez é mais difícil, a categoria vai renovando, tinha gente que não conhecia, galerando remando muito. Dei um mole na bóia, mas fiquei calmo, remei pra trás, fiquei me recuperando para no final dar um sprint, não poderia deixar minha torcida sem medalha. Fiz o meu melhor, entreguei o que poderia entregar", declarou.

Presidente da CBVA´A, Jefferson Cabral comemorou os resultados excelentes do Brasil na competição: "Óbvio que a conquista das medalhas para nós é motivo de muita alegria e orgulho, mas o mais importante é fazer com que nosso esporte possa ter a visibilidade que merece tanto internamente em nosso país como agora a nível mundial. A evolução que estamos tendo de um Mundial para outro mostrou que o crescimento organizado e planejamento pode render grandes frutos fazendo com que categorias que não tinham tanta representatividade agora possam resultados excepcionados. As juvenis, o Para VA´A, as Masters 70, 75, 80. Definitivamente o Brasil entra para a primeira prateleira do VA´A que pra gente é muito bom".

Atletas estrangeiros e Federação Internacional aplaudem evento

"É nossa primeira vez no Brasil, temos que parabenizar à organização e aos competidores, é um lugar incrível, bonito, conseguimos relaxar também, agora é tomar umas caipirinhas", disse Mona, atleta campeão mundial V6 do Tahiti.

Tupuria King, multicampeão mundial no Sprint, não conseguiu seu sonhado título no Mundial à distância ficando em segundo na V1 Open e em quinto com a Nova Zelândia, mas elogiou o evento: "Grande competição, incrível, uma as melhores que participei, muito bem organizado, lugar sensacional".

Quadro de Medalhas Final:

1 - Tahiti - 13 de Ouro, 5 de Prata e 3 de Bronze - 21 Medalhas

2 - Brasil - 7 de Ouro, 7 de Prata e 6 de Bronze - 20 Medalhas

3 - Canadá - 4 de Ouro, 1 de Prata e 2 de Bronze - 7 Medalhas

4 - Estados Unidos - 3 de Ouro, 5 Pratas e 4 de Bronze - 11 Medalhas

5 - Nova Zelândia - 2 de Ouro, 6 de Prata e 4 de Bronze - 12 Medalhas

6 - Austrália - 2 de Ouro, 4 de Prata e 3 de Bronze - 9 Medalhas

7 - Havaí - 2 de Ouro, 2 de Prata - 4 Medalhas

8 - França - 2 de Ouro e 1 de Bronze - 3 Medalhas

9 - Alemanha - 1 de Ouro e 1 de Prata - 2 Medalhas

10 - Ilhas Cook - 1 de Ouro - 1 Medalha

11 - Rapa Nui - 1 de Prata e 2 de Bronze - 3 Medalhas