Futuro do trecho da BR -101, que liga Niterói a Campos, é definido em leilão
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A concessionária Arteris permanecerá responsável pela administração da Autopista Fluminense, trecho da BR-101 entre Niterói e Campos dos Goytacazes, após vencer o processo de repactuação contratual realizado em São Paulo, no dia 11 de novembro. Sem concorrência no leilão, a empresa garantiu a continuidade da concessão e anunciou um plano de investimentos de R$6 bilhões voltado à ampliação da infraestrutura, segurança viária e mobilidade.
Com a renovação do contrato por mais 22 anos, estão previstas obras como 50 km de duplicações, 52 km de faixas adicionais e 59 km de ciclovias, além da construção do contorno de Campos dos Goytacazes — considerada estratégica pelo governo federal para o escoamento da produção da Bacia de Campos e para o fluxo regional.
A repactuação foi aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e homologada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Como não houve disputa, a tarifa de pedágio foi mantida sem desconto, sendo ajustada para R$23,64 por 100 km.
Durante participação na COP 30, o ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou que a nova fase da concessão representa um “novo ciclo de investimentos” para a BR-101/RJ, com foco em obras estruturantes e melhorias para o estado do Rio de Janeiro.
A Arteris administra o trecho desde 2008 e, em 2020, chegou a solicitar a devolução da concessão por alegada inviabilidade financeira e entraves ambientais. A repactuação reequilibrou o contrato, permitindo a continuidade da parceria, embora o ativo tenha sido disponibilizado para disputa por outras empresas — o que não ocorreu.
Com 322 km de extensão e cinco praças de pedágio, a BR-101/RJ cruza 13 municípios, conectando a Região Metropolitana do Rio ao Norte Fluminense. A rodovia é considerada essencial para o transporte de cargas da indústria petrolífera e para o turismo na Região dos Lagos
