Turismo e economia do RJ em alerta: debate sobre aumento de voos no Santos Dumont gera críticas e preocupação
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Um possível aumento no número de voos no Aeroporto Santos Dumont, localizado no centro da capital fluminense, reacendeu discussões sobre os impactos no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).
Em 2023, o governo federal havia limitado o movimento do Santos Dumont a 6,5 milhões de passageiros por ano, medida que resultou em crescimento expressivo no Galeão, que passou de 8 milhões para 17 milhões de passageiros em dois anos, além de registrar acréscimo de 2 milhões de turistas internacionais.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, criticou a possibilidade de flexibilização da restrição, afirmando que a medida prejudicaria o Galeão, administrado pelo grupo privado Changi. Para ele, a limitação anterior foi uma política pública que “salvou e fortaleceu” o terminal da Ilha do Governador.
A Anac respondeu às declarações de Paes, negando qualquer atuação “às escuras” e reforçando que o tema vem sendo discutido desde junho de 2025 de forma transparente. Segundo a agência, a flexibilização está prevista dentro do processo de repactuação do contrato de concessão do Galeão, aprovado pelo TCU e alinhado às diretrizes do Ministério de Portos e Aeroportos.
O debate também mobilizou entidades empresariais. A Firjan manifestou preocupação com o impacto econômico de uma eventual mudança e defendeu políticas de incentivo para melhorar a logística de acesso ao Galeão, que também concentra operações de carga.
A federação destacou que o transporte de cargas cresceu 46,3% entre janeiro e outubro de 2025 em comparação ao mesmo período de 2023.
Já a Fecomércio-RJ declarou “inconformismo institucional” e defendeu a manutenção do teto atual de passageiros. Para a entidade, mesmo com a limitação, o Santos Dumont segue entre os aeroportos mais movimentados do país, operando dentro de sua capacidade e com qualidade. A federação alerta que flexibilizar as regras pode comprometer o planejamento do setor e gerar insegurança regulatória.
