Rota das cerejeiras de Petrópolis dão um sopro de poesia no inverno da Serra

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O inverno em Petrópolis tem seus próprios encantos — e poucos são tão aguardados quanto o florescer das cerejeiras
Por cerca de duas a três semanas, a cidade se transforma em um cenário digno de aquarelas, com flores em tons de rosa e branco despontando em praças, ruas, parques e jardins. A breve temporada já começou e promete, como sempre, conquistar turistas e moradores com um dos espetáculos naturais mais delicados e simbólicos do ano.
A floração das cerejeiras atrai olhares, câmeras e, principalmente, sentimentos. Em Petrópolis, elas representam não apenas beleza, mas também memória e laços culturais com o Japão, onde a flor de cerejeira, ou "sakura", simboliza renovação, esperança e a transitoriedade da vida.


“É uma experiência que vai além do turismo tradicional. É um convite à contemplação. A beleza das cerejeiras nos obriga a desacelerar, observar, respirar. Isso tem muito valor no mundo atual, em que tudo é rápido demais. O que vemos em Petrópolis, nesse curto período, é quase como uma pausa poética na rotina”, define Marco Müller, diretor executivo do Petrópolis Convention & Visitors Bureau.
O fenômeno da floração, embora breve — dura em média 15 a 20 dias —, movimenta o calendário turístico da cidade e integra o chamado turismo de contemplação. De forma espontânea, os visitantes traçam suas próprias rotas atrás das flores, passando por pontos como o lago do Palácio Quitandinha, o Parque de Itaipava, o Vale das Videiras, a Rua Barão do Rio Branco, o Vale do Amor e outros espaços que, a cada ano, vão ganhando novas mudas.
Este ano, a programação em torno das cerejeiras ganhou um charme a mais: o concurso de fotografias promovido pelo Bunka-Sai, tradicional festival da cultura japonesa na cidade. Até o dia 27 de julho, os interessados podem se inscrever pelo Instagram oficial da festa (@bunka.sai), enviando suas imagens da floração na cidade. A seleção das cinco mais votadas no perfil, entre os dias 28 de julho e 03 de agosto, dará origem a uma exposição no Palácio de Cristal, entre 14 e 17 de agosto, durante os dias do festival que homenageia a colônia nipônica na cidade. O público poderá votar na sua favorita, e a vencedora será revelada no encerramento do evento.
“A beleza da floração sempre inspirou artistas, poetas, e agora inspira também os nossos visitantes e fotógrafos amadores. O concurso do Bunka-Sai é uma forma afetiva e criativa de eternizar esse momento tão fugaz e, ao mesmo tempo, tão marcante”, comenta Marco Müller.
A história das cerejeiras em Petrópolis remonta a 1995, quando foram plantadas na cidade, em um gesto simbólico das comemorações pelos 100 anos de amizade entre Brasil e Japão. Desde então, elas florescem todos os anos no inverno da Serra, atraindo olhares, reverência e, cada vez mais, flashes.
Nas ruas e também em espaços particulares, como na Pousada das Araras e a Quinta das Nascentes, o espetáculo é deslumbrante. Para os que desejam presenciar o espetáculo, o recado é claro: o tempo é curto. E talvez seja justamente por isso que o momento das cerejeiras seja tão especial.
Onde ver as cerejeiras em Petrópolis
A chamada Rota das Cerejeiras abrange diversos pontos da cidade, do Centro Histórico aos distritos, com destaque para áreas públicas, parques e cartões-postais da cidade. Entre os locais onde é possível apreciar a floração estão:
• Palácio Quitandinha
• Museu Imperial
• Palácio de Cristal
• Lago de Nogueira
• Parque Municipal de Itaipava
• Vale das Videiras
• Vale do Amor (Fazenda Inglesa)
• Avenida Barão do Rio Branco (Retiro)
• Parque Cremerie
• Araras
• Palácio Rio Negro
• Promenade (Nogueira)
• Pórtico do Quitandinha
Para facilitar o passeio, a Prefeitura de Petrópolis disponibiliza um mapa digital com a localização das cerejeiras pela cidade, acessível pelo link: